Com o objetivo de reunir estudantes e egressos da instituição para troca de experiências e informações sobre a formação técnica, a vivência acadêmica e as oportunidades no mundo do trabalho acontecem dia 31 de março, a partir das 18h40 pelo canal do YouTube do IFSC, o 5º Encontro de Egressos, 3º Encontro de Egressantes e 1º Encontro de Ingressantes do IFSC. O evento tem a organização do Grupo de Pesquisa em Evasão Escolar e Tecnologias Educacionais (Getec).
Apresentações artísticas, relatos de estudantes e egressos dos câmpus Criciúma, Caçador e Tubarão, palestra com professor Douglas Paulesky Juliani, e resultado de pesquisas do Getec fazem parte da programação. “O evento é aberto a todos os câmpus. Embora estejamos contemplando estudantes e egressos dos três câmpus citados, as reflexões, a palestra, os dados que serão apresentados são de interesse comum à toda comunidade do IFSC”, ressalta o professor responsável pelos encontros, Carlos Daniel Ofugi Rodrigues.
Segundo ele, a importância da iniciativa concentra-se na missão do IFSC de formar cidadãos, por meio da educação profissional, científica e tecnológica. “O estudo e interação com nosso egresso permite retroalimentar as políticas de ensino, pesquisa e extensão. Além disso, encara-se como um dever institucional a preocupação com a inserção profissional de seus alunos formados, ação que é obrigatória para os cursos superiores por determinação legal e para fins de avaliação”, destaca Carlos. O docente salienta ainda que estas estratégias, ao lado de outras voltadas ao egresso, são balizadoras tanto de metas quanto de objetivos institucionais, estando previstas em diversos momentos de seu Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI).
Por outro lado, para Rodrigues, existem poucas iniciativas de interação com este público-alvo. “Assim, este evento faz parte de um projeto de extensão e decorre de uma política institucional de relacionamento com o egresso, no âmbito do IFSC- Câmpus Criciúma, que se efetivou por aproximadamente três anos consecutivos. Atualmente o Grupo de Pesquisas em Evasão Escolar e Tecnologias Educacionais (Getec) se configura como multicampi e tem promovido projetos e ações capazes de ampliar esta política de relacionamento com o egresso também nos Câmpus Caçador e Tubarão. Destaque-se que o evento tem forte participação dos alunos bolsistas e voluntários do projeto”, completa o professor.
Carlos cita ainda a relevância do evento para os estudantes e egressos. “O evento congrega estudantes em três momentos distintos do percurso acadêmico: ingressantes, matriculados no primeiro semestre dos cursos, os egressantes, nos últimos semestres, e os egressos, que já estão inseridos no mundo do trabalho. Os primeiros, pois começam sua formação e expressam as primeiras impressões sobre a instituição e o curso, mas ainda trazem concepções anteriores ao ingresso que motivaram a escolha da instituição e do curso. Os egressantes, pois permaneceram na instituição, e hoje são formandos. Conhecendo seu olhar para com a instituição e os motivos pelos quais permaneceram e quais fatores influenciaram no seu êxito para, a partir deste olhar, articular ações com os diversos setores que realmente impactem na permanência e êxito dos demais discentes. Os egressos, que já cumpriram sua jornada na instituição, concluíram com êxito o curso e agora podem contribuir com sua experiência e visão no que se refere à qualidade do processo formativo e a preparação para o mundo do trabalho. Espera-se que o diálogo continuado com esse público seja frutífero e capaz de retroalimentar as ações de gestão, bem como a definição das políticas e ações de ensino, pesquisa e extensão”, afirma.
A palestra Comportamento Inovador e Cultura para Inovação irá debater questões do tipo: como lidar com um cenário de alta instabilidade e oscilações contínuas?, como cultivar habilidades que facilitem a criação e implementação de novas soluções?, o que as organizações podem fazer para desenvolver uma cultura inovadora?, o que os indivíduos podem fazer para fomentar um comportamento inovador?, é urgente fortalecer nossa capacidade de adaptação não somente para acompanhar a dinamicidade requerida no mundo atualmente, mas, principalmente, para transformá-lo por meio de suas criações. Urge desenvolver competências para potencializar o comportamento inovador!
Sobre o Getec
O Grupo de Pesquisa em Evasão Escolar e Tecnologias Educacionais - GETEC vem promovendo Encontros, Colóquios e Lives ao longo dos quatro últimos anos. Embora tenha se originado no câmpus Criciúma, atualmente o grupo de pesquisa conta com servidores dos câmpus Criciúma, Caçador, Florianópolis, Reitoria, São José e Tubarão.
Em 2019 o GETEC promoveu um ciclo de debates sobre a inclusão das pessoas com deficiência na escola no IFSC - Câmpus Criciúma e contou com a presença dos professores Rogério Teles (IFMA) e Gabriel Bertozzi (IFSC).
Em julho de 2020, por exemplo, foram organizadas e transmitidas três lives que compuseram o Seminário sobre Permanência e Êxito.
O evento que será transmitido no dia 31/03 teve suas duas últimas edições transmitidas pelo facebook do IFSC - Câmpus Criciúma, pois se tratavam de egressos e estudantes daquele câmpus. Neste ano, o evento está sendo ampliado e contará também com a participação dos Câmpus Caçador e Tubarão.
Pesquisas do Getec
Nas pesquisas realizadas com os egressos, várias informações importantes e reflexões têm sido registradas e publicizadas em eventos regionais, nacionais e internacionais. Atualmente, para que as análises sejam mais completas, o Getec tem investigado também as perspectivas dos ingressantes e egressantes acerca das suas formações acadêmicas, fatores de permanência e fatores de evasão. “Na última edição da pesquisa, dentre as 26 questões propostas aos egressantes e as 19 direcionadas aos egressos, seis possuíam uma similaridade direta, permitindo comparações no traçado do perfil desses dois públicos”, relata Carlos.
Conforme dados apresentados por ele, sobre os conhecimentos teóricos e práticos adquiridos na área de formação, mais de 85% das duas amostras avaliam como muito bons ou ótimos; sobre a avaliação positiva da atuação dos professores durante o curso ultrapassa 90% dos entrevistados. Carlos cita também que embora aproximadamente 72 % dos formandos expressem desejo em atuar ou trabalhar na área de seu curso, um percentual menor de egressos (54%) atua na área de forma direta ou indireta; e que sobre a preparação para o mercado de trabalho, “apenas” 30% dos formandos se sentem muito seguros e 54% de maneira razoável, no entanto, depois de formados, 87% dos entrevistados relataram que a preparação recebida é igual ou superior à exigida pelo mercado. “A análise do item traz reflexões interessantes acerca do perfil das amostras. Apesar dos egressantes não se sentirem muito preparados para o ingresso no mercado de trabalho, os egressos trazem o olhar de que esse índice reflete uma insegurança momentânea, e que não corresponde à realidade encontrada durante a atuação no mundo profissional. De certa forma, a aparente incoerência entre a formação de alto nível identificada pelos alunos e a sensação de despreparo reforça a tese de que o desenvolvimento de práticas pedagógicas integradoras não depende apenas da implementação de técnicas de ensino avançadas, elas demandam ainda proposições ético-políticas”, afirma Carlos Daniel.
