Veio da Costa Rica, país da América Central, o primeiro intercambista estrangeiro do Câmpus Palhoça Bilíngue. Alejandro Salazar Sánchez, 17 anos, está no Brasil desde fevereiro, para um intercâmbio cultural, e frequenta as aulas do curso técnico integrado em Comunicação Visual.
Alejandro chegou ao Brasil por meio de uma agência de intercâmbio, com a intenção de aprender mais sobre a língua portuguesa (já domina o inglês, além, claro, do espanhol, língua de seu país) e a cultura brasileira. Estudante de ensino médio, vai atrasar em um ano sua formatura - as aulas no IFSC não podem ser validadas em sua escola -, mas não se arrepende. “Está valendo muito a pena pela experiência, pelos amigos, pela comida…”, diz. O intercambista fica até janeiro em território brasileiro, antes de voltar para San José, capital costarricense, onde mora.
Antes de chegar ao Brasil, Alejandro sabia pouco sobre o País e nada sobre a região de Florianópolis, mas tinha a impressão de que o povo era alegre, a comida era boa e o clima parecido com o da Costa Rica. Com exceção do clima - já que o inverno em Santa Catarina foi bem rigoroso -, as outras impressões confirmaram-se desde que ele veio morar na casa de um casal no bairro Pedra Branca, em Palhoça.
Das coisas que aprendeu com o intercâmbio, Alejandro destaca a língua portuguesa e também algumas habilidades pessoais, como ser mais compreensivo e saber economizar dinheiro. No Câmpus Palhoça Bilíngue, conviveu com professores e colegas surdos, o que lhe inseriu numa nova cultura, já que não tem amigos, conhecidos ou parentes surdos na Costa Rica. Apesar de estudar no curso de Comunicação Visual e de ter gostado de trabalhar com animação, pretende fazer sua graduação em alguma área ligada à matemática.
Com pouco mais de 90 dias para voltar ao seu país, Alejandro ainda vai conhecer o Rio de Janeiro e diz que quer incentivar mais pessoas a fazer intercâmbio: “é muito bom conhecer outros países, outras pessoas, fazer amigos e ver coisas novas”, afirma.
Por Felipe Silva | Jornalista do IFSC
